Tumor

Tumores de Hipófise

Tumores de Hipófise

A hipófise ou glândula pituitária, é uma glândula endócrina localizada na base do cérebro. A hipófise aloja-se na sela túrcica do osso esfenoide da base do crânio, liga-se ao hipotálamo pela haste hipofisária e localiza-se ínfero posteriormente ao quiasma óptico.

A hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas do corpo humano, sendo grande parte de suas funções reguladas pelo hipotálamo.

A grande maioria dos tumores da hipófise são Adenomas benignos. De acordo com o tamanho, são classificados em microadenomas com até 1cm de diâmetromacroadenomas se maiores que 1 cm de diâmetroTambém podem ser classificados de acordo com a capacidade de produzir hormônios ou não, os produtores de hormônios em excesso são chamados de tumores funcionais, os não produtores são chamados de não funcionais.

Os macroadenomas podem provocar sintomas como: dores de cabeça, fraqueza generalizada, perda da visão periférica, cegueira, tonturas e desmaios.

Nos tumores funcionais, os sintomas relacionam-se com as disfunções provocadas por secreção excessiva de hormônios:

Adenoma produtor de Prolactina: em mulheres causam ausência ou redução dos ciclos menstruais, produção anormal de leite, infertilidade, desinteresse sexual e osteoporose. Nos homens também provocam crescimento das mamas e disfunção erétil.

Adenoma produtor de GH (hormônio do crescimento): crescimento acelerado, altura maior a esperada para a idade, artralgias e sudorese (gigantismo); em adultos crescimento de pés, mãos, face e crânio, artralgias, glicemia elevada, dores de cabeça e problemas cardíacos (acromegalia).

Adenoma produtor de ACTH que provoca a síndrome de Cushing: ganho de peso, aumento dos pelos, estrias na pele, acúmulo de gordura atrás do pescoço, ossos fracos, aumento da taxa de glicemia, aumento da pressão arterial, alteração da visão e perda de interesse sexual.

Adenomas produtores de TSH causam sintomas relacionados ao hipertireoidismo.

Adenoma de Hipófise não funcional ou não produtor: dores de cabeça, déficit visual progressivo podendo chegar a cegueira, visão dupla, estrabismo, mal estar geral e tonturas.

O diagnóstico é realizado através de ressonância magnética.

O tratamento dos adenomas da hipófise é multidisciplinar e envolve principalmente o médico endocrinologista e neurocirurgião. Os adenomas produtores de prolactina são tratados com medicação (carbegolina), reservando-se a cirurgia para os pacientes sem resposta ou intolerantes ao tratamento. Os demais adenomas funcionais têm tratamento cirúrgico e seguimento endocrinológico. Os macroadenomas não funcionais sintomáticos são tratados com cirurgia.

A técnica mais atual é a cirurgia endoscópica endonasal, que consiste num acesso através do nariz e do osso esfenoide, com auxílio de câmera de alta definição, vídeocirurgia e instrumentais especiais, que permitem a visualização da base do crânio na região da sela túrcica e a ressecção do tumor. A radioterapia poderá ser complementar à cirurgia nos casos de impossibilidade de ressecção completa e para prevenção de progressão ou recorrência.