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Hidrocefalia
A hidrocefalia se caracteriza por aumento do volume do líquido cefalorraquiano (LCR) e dilatação dos ventrículos cerebrais. A hidrocefalia poderá ser oculta quando não existir sinais ou sintomas de hipertensão intracraniana, sendo ativa quando há aumento progressivo ou rápido da pressão intracraniana.
A hidrocefalia obstrutiva é caracterizada pela impossibilidade da circulação natural do LCR no Sistema Nervoso, sendo causada por tumores ou processos expansivos intracranianos, fibrose ou aracnoidites pós inflamatórias ou pós hemorrágicas.
Na hidrocefalia comunicante nem sempre é possível detectar qual é o distúrbio do fluxo de LCR, podendo ser causada por secreção excessiva de LCR, insuficiência venosa ou déficit de absorção do LCR pelas vilosidades aracnóides.
Os principais sintomas são dores de cabeça, náuseas, vômitos, incoordenação motora com dificuldade para andar, esquecimentos, confusão mental e edema de papila.
A hidrocefalia de pressão normal (HPN) merece atenção por estar associada a demência. Tem início insidioso e desenvolvimento gradual que pode levar meses. Na HPN ocorre uma hipertensão intracraniana intermitente, essa condição pode ser consequente a um histórico de traumatismo cranioencefálico, hemorragia cerebral, infecção/meningite, ou se associa a um processo expansivo oculto. Os sintomas são demência, ataxia/alteração da marcha, incontinência urinária.
O tratamento da hidrocefalia na maior parte dos casos é cirúrgico, sendo duas técnicas mais indicadas:
– Terceiroventriculostomia, técnica cirúrgica cerebral endoscópica que promove a abertura de uma membrana no assoalho do terceiro ventrículo do cérebro, permitindo a saída do LCR do sistema ventricular para o espaço subaracnóide, normalizando a circulação e a pressão intracraniana.
– Derivação ventriculoperitoneal (DVP), com a colocação de uma válvula que regula a drenagem do excesso de LCR do cérebro para a cavidade abdominal, aliviando a pressão intracraniana.