Meningiomas

Os meningiomas são tumores das membranas meníngeas, originados de células da aracnoide, podendo surgir em qualquer parte do Sistema Nervoso Central (SNC). Na maioria dos casos são tumores benignos e de crescimento lento, correspondem a cerca de 35% dos tumores primários do SNC. São mais frequentes nas mulheres e entre os 40 e 60 anos de idade. Eles podem crescer lentamente e existirem por anos sem serem detectados, ou seja, em alguns casos são assintomáticos, sendo descobertos acidentalmente por uma ressonância magnética ou tomografia de crânio.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os meningiomas em 3 graus:

Meningioma grau I (benigno)

Meningioma grau II, também chamado Atípico

Meningioma grau III (maligno)

Como citado, a grande maioria dos meningiomas são benignos. Os casos atípicos apresentam um comportamento mais agressivo com maior tendência à recidiva, já os malignos podem comportar-se como câncer.

Vários fatores são associados à origem e risco para meningiomas: genética (deleção do cromossomo 22), traumática (fratura craniana com surgimento a partir da meninge lesionada), radiação (surgem por vezes induzidos por radioterapia), doença como a neurofibromatose tipo 2, níveis hormonais anormais (progesterona, estrógenos). Há uma tendência maior de crescimeto durante a gravidez induzidos por fatores hormonais.

Os sintomas dependem da localização do tumor, tamanho e edema (inchaço cerebral). Dores de cabeça, vômito, convulsão, alteração visual, distúrbio da fala, fraqueza motora nos braços e nas pernas, alteração do equilíbrio, entre outros.

O diagnóstico do tumor é feito por tomografia e ressonância magnética.

O tratamento do meningioma inclui a observação, cirurgia e radioterapia. Em pacientes com tumor pequeno, sem efeito de massa sobre o cérebro ou medula, assintomáticos e/ou idosos, os casos poderão ser observados através de exames de ressonância magnética periódicos. Nos casos sintomáticos a melhor opção de tratamento é a cirurgia, que poderá oferecer um ótimo controle para os casos em que a ressecção do tumor tenha sido total. A radioterapia está indicada para os pacientes com tumores de difícil acesso ou alto risco para cirurgia, também como complemento no tratamento dos meningiomas operados com diagnóstico de atípicos ou malignos.