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Gliomas
Os gliomas são um grupo de tumores que se originam no encéfalo através do desenvolvimento anormal de células não neuronais ou de células tronco ou progenitoras neurais. São classificados em tumores de baixo e alto grau de malignidade. Ocorrem em qualquer localização do cérebro ou da medula, tendo certa predileção topográfica de acordo com a idade. Nas crianças tendem a ocorrer no cerebelo, hipotálamo, tronco cerebral e quiasma óptico. Nos adultos ocorrem com frequência na substância branca dos hemisférios cerebrais.
A Organização Mundial da Saúde classifica os gliomas considerando o comportamento clínico e a apresentação histológica e molecular desses tumores. São classificados como astrocitomas IDH-mutado, oligodendroglioma IDH-mutado e 1p19q codeletado, Glioblastoma IDH-wildtype (selvagem), ependimomas, tumores glioneurais, entre outros. Em gliomas, a mutação do gene IDH e a metilação do promotor do gene MGMT têm sido associados a um melhor prognóstico.
O Glioblastoma é um tumor maligno que pode ocorrer em qualquer idade, porém 70% dos casos manifestam-se em pacientes entre 45 e 70 anos de idade. A doença pode surgir e progredir rapidamente, já os sinais e sintomas resultam da localização e do volume do tumor no cérebro, do edema e do quadro clínico de hipertensão intracraniana; destacam-se cefaleia, vômitos, crise convulsiva, déficit neurológico motor, alteração da fala, alterações do comportamento, do humor e sonolência. O diagnóstico é feito por exames de imagem como a tomografia e ressonância magnética do encéfalo. O tratamento de primeira linha é a cirurgia, quer para confirmar o diagnóstico por biópsia como para ressecção tanto quanto possível do tumor. A retirada cirúrgica máxima, quando viável, favorece o prognóstico. O tratamento é complementado com radioterapia para o leito tumoral e quimioterapia com temozolamida. O glioblastoma que apresenta molecularmente a metilação do promotor do gene MGMT está associado a um melhor prognóstico.
O tratamento e acompanhamento dos pacientes com diagnóstico de gliomas cerebrais, deve ser feito por equipe multidisciplinar e experiente em neurocirurgia e neuroncologia, a fim de se obter os melhores resultados e a melhor qualidade de vida durante o curso da doença.